O eletrocardiograma (ECG) é uma ferramenta crucial na medicina veterinária, fornecendo insights valiosos sobre a saúde cardíaca dos nossos companheiros de quatro patas.
Embora o procedimento seja semelhante ao realizado em humanos, pode apresentar desafios únicos quando aplicado em animais de pequeno porte.Dessa forma, vamos explorar como é feito o ECG em pequenos animais e os desafios enfrentados pelos profissionais veterinários.
Como funciona o procedimento básico do eletrocardiograma em pequenos animais:
O eletrocardiograma é um exame que registra a atividade elétrica do coração, permitindo a análise das ondas que representam os diferentes estágios do ciclo cardíaco.
O procedimento básico envolve a fixação de eletrodos adesivos na pele do animal, geralmente nas extremidades e na região do peito do pet, para assim, esses eletrodos detectarem as variações de potencial elétrico geradas pelas células cardíacas durante a contração e relaxamento.
Ademais, para o procedimento, o animal deve estar preferencialmente calmo, na posição em pé ou deitado durante o exame. Pois, é necessário a cooperação do pet para obter um sinal claro, o que pode ser um desafio, especialmente em animais agitados ou nervosos.
Desafios comuns na realização de ECG em pequenos animais:
Como dito anteriormente, o eletrocardiograma em pequenos animais pode ser um desafio aos médicos veterinários, sendo alguns desses:
Movimentação e Estresse:
Animais, por natureza, costumam ser mais inquietos do que os humanos. Geralmente o estresse e a agitação são causados pela manipulação, ambiente desconhecido.
Devido a esses fatores, pode afetar a qualidade dos sinais capturados e em alguns casos, é necessário o uso de técnicas de contenção suave ou até mesmo a sedação para garantir a precisão do exame.
Pelagem e tipo de pele:
A presença de pelos compridos ou em excesso pode interferir na adesão dos eletrodos à pele, reduzindo a qualidade do sinal de captação. Nesses casos de pelagem densa, a área de aplicação dos eletrodos pode precisar ser cuidadosamente preparada, cortando ou raspando os pelos.
Além disso, a escolha da área de aplicação também é influenciada pelo tipo de pele do animal, sendo preferencialmente colocado em locais do peito que tenham a pele mais fina.
Variação da anatomia:
Diferenças anatômicas entre as espécies e raças, também podem impactar no local onde eletrodos eletrodos serão colocados. Por exemplo, cães e gatos podem ter tamanhos e formatos de tórax variados, o que exige adaptações na disposição dos eletrodos para obter um sinal preciso.
Durabilidade do procedimento:
Animais de pequeno porte, como hamsters ou pássaros, podem ter um ciclo cardíaco muito rápido, o que pode exigir ajustes nas configurações do equipamento para garantir que as ondas sejam registradas de maneira adequada em um período de tempo mais curto.
A rapidez do procedimento também é crucial para minimizar o desconforto do animal, evitando que o mesmo fique estressado ou até mesmo agressivo.
Limitações no equipamento:
É importante estar atento aos equipamentos, do local escolhido para realizar o exame, visto que, máquinas projetadas para animais de grande porte podem não ser ideais para espécies de menor porte.
Antes de marcar o exame, certifique-se que o local escolhido tenha investimentos em equipamentos específicos para animais de pequeno porte, pois são essenciais para garantir a eficácia e a segurança do procedimento.
Tecnologia e inovação na realização de ECG em pequenos animais:
Diante dos desafios apresentados acima, a tecnologia tem desempenhado um papel fundamental na melhoria da realização de eletrocardiograma em pequenos animais.
Eletrodos específicos para pelagens densas, softwares avançados de processamento de sinal e equipamentos portáteis e mais leves são algumas das inovações que visam tornar o procedimento mais acessível e preciso.
A aplicação de técnicas não invasivas, como ECG ambulatorial, permite a monitorização contínua da atividade cardíaca durante as atividades diárias do animal, assim, oferecendo uma visão mais abrangente do comportamento cardíaco em situações do mundo real, proporcionando informações valiosas para o diagnóstico e o tratamento de possíveis doenças.
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