A vermifugação dos pets é essencial para sua saúde, necessitando que os tutores estejam atentos ao tempo necessário entre uma dosagem e outra, para sempre deixar seu cãozinho protegido contra parasitas.

É comum que os tutores tenham dúvidas sobre a frequência da vermifugação dos pets, se há efeitos colaterais, quais doenças previne, entre outras.

Já adiantamos que é fundamental vermifugar regularmente nossos animais para prevenção e controle de doenças, além de proteger as famílias contra essas doenças parasitárias.

E para te ajudar a entender tudo sobre esse assunto, trouxemos esse conteúdo completíssimo que vai responder todas suas dúvidas a respeito das vermifugações.

O que você encontra neste guia:

O que são vermífugos?

Vermífugos são medicamentos utilizados para tratar infestações por vermes parasitas em animais, como cães, gatos e até mesmo humanos. Eles são projetados para eliminar ou reduzir a população de vermes no organismo do hospedeiro, ajudando a controlar e prevenir doenças causadas por esses parasitas.

Tipos de vermífugos

Existem vários tipos de vermífugos disponíveis, cada um com suas próprias características e formas de administração. Aqui estão os tipos mais comuns:

1. Comprimidos mastigáveis: esses vermífugos vêm em forma de comprimidos que podem ser dados diretamente ao pet ou misturados na comida. Alguns são saborizados para facilitar a administração.

2. Pasta oral: a pasta oral é uma opção que pode ser administrada diretamente na boca do animal ou misturada na comida. Geralmente, a pasta oral é medida em uma seringa doseadora para facilitar a administração precisa.

3. Líquido oral: os vermífugos líquidos vêm em frascos com uma seringa doseadora para facilitar a administração. Eles também podem ser dados diretamente na boca do bichinho ou misturados na comida.

4. Spot-on (aplicação tópica): este tipo de vermífugo é aplicado na pele, geralmente na parte de trás do pescoço, onde o animal não pode lamber. A substância é absorvida pela pele e distribuída pelo corpo para combater os parasitas.

5. Injeção: alguns vermífugos podem ser administrados por meio de injeção, geralmente aplicada por um veterinário. Isso pode ser necessário em casos de infestações graves ou quando outras formas de administração não são adequadas.

Sempre é bom lembrar que cada vermífugo apresentará sua vantagem ou desvantagem. Invista naquela opção que faz sentido para o seu bichinho!

Entenda o ciclo de vida dos parasitas

Para quem gosta mais de estudar ou tem curiosidade de como funciona o ciclo de vida de um vermes para saber como intervir nesse processo, abaixo o Dr. Abílio explica como funciona esse ciclo.

1. Ovos ou larvas

O ciclo começa quando um animal infectado elimina os ovos ou larvas do parasita através das fezes. Esses ovos ou larvas podem ficar no ambiente contaminando o solo, a água ou os alimentos.

2. Ingestão ou penetração

Os ovos ou larvas do parasita são ingeridos ou penetram no corpo do hospedeiro através dos canais de comunicação que citamos anteriormente. Vale ressaltar que nós também podemos ser hospedeiros desses parasitas.

3. Desenvolvimento no hospedeiro intermediário (se houver)

Em alguns casos, os ovos ou larvas do parasita precisam passar por um hospedeiro intermediário antes de infectar o hospedeiro definitivo (como o cão ou gato). Durante esse estágio, o parasita se desenvolve até uma forma que pode infectar o hospedeiro definitivo.

4. Migração e maturação

Após a ingestão ou penetração no corpo do hospedeiro definitivo, nossos animaizinhos, o parasita migra para o local onde se desenvolverá e amadurecerá. Dependendo do tipo de parasita, isso pode ocorrer em diferentes partes do corpo, como no intestino, pulmões, fígado ou outros órgãos.

E é nesse momento que todos problemas são desencadeados!

5. Reprodução e produção de ovos

Uma vez amadurecido, o parasita se reproduz no corpo do hospedeiro definitivo, produzindo ovos ou larvas que serão eliminados nas fezes do animal, reiniciando o ciclo.

Por que é importante vermifugar regularmente os animais de estimação?

Agora que entendemos um pouco do ciclo de vida de um parasita é mais fácil compreender a importância da vermifugação dos pets. 

Além de prevenir a infestação dos vermes, reduzimos os riscos de surgirem doenças e sintomas associados a estas infecções. Promove a proteção da família, principalmente crianças, já que esses parasitas podem afetar órgãos importantes como pulmão, intestino, cérebro, coração ou fígado. 

Estamos falando de consequências graves para todos!

Por isso proteger o seu pet e a sua família é tão importante. E como fazer isso corretamente?

Programa de vermifugação 

É muito importante que o seu veterinário recomende o melhor remédio para o seu pet!

Após lembrete importante, como funciona a administração dos medicamentos, como controlar, qual frequência… Falaremos abaixo.

Após consultar o seu veterinário de confiança, escolha o vermífugo mais adequado para o seu pet. Deve ser considerado o peso, idade, histórico de saúde.

Quando dar?   

Geralmente, os gatos devem ser vermifugados a cada 3 a 6 meses, dependendo do risco de infestação. Registre as datas para lembrar quando é a hora de vermifugar novamente!

A escolha do vermífugo

Com base na consulta veterinária e na preferência do seu bichinho, escolha o tipo de vermífugo mais adequado para o seu cachorro ou gato (falamos sobre os tipos de vermífugos no início do guia).

A administração correta

Siga as instruções do fabricante sempre! Eles testaram esse produto antes de ser liberado no mercado. Não esqueça de armazená-lo corretamente!

Para o dia de vermifugar seu animalzinho, lembre que pode ser um momento estressante, assim como seria para nós, por isso, invista em carinho, dê atenção e certifique-se que o remédio foi completamente ingerido.

Se necessário, peça ajuda a alguém para segurá-lo enquanto você administra o vermífugo.

Mantenha a higiene!

Se você tem um gatinho, mantenha a caixa de areia do seu gato limpa e higienizada regularmente para reduzir o risco de infecção por parasitas. Lave as tigelas de comida e água do seu gato com frequência para evitar a contaminação.

E para o seu cachorro a recomendação é a mesma, isso inclui limpar as fezes do cachorro no quintal e manter a área de dormir limpa.

Não esqueça de realizar exames de saúde regulares com seu veterinário para monitorar a saúde do seu pet e ajustar o programa de vermifugação, conforme necessário.

Quais doenças os vermífugos previnem?

Os vermífugos previnem uma variedade de doenças causadas por vermes parasitas em animais de estimação. Algumas das doenças que os vermífugos podem ajudar a prevenir incluem:

1. Verminoses intestinais

Infestações por vermes intestinais, como lombrigas (nematódeos) e tênias (cestódeos), podem causar sintomas como:

• diarreia
• vômitos
• perda de peso
• dor abdominal
• anemia

2. Dirofilariose

Também conhecida como doença do verme do coração, a dirofilariose é causada por vermes conhecidos como Dirofilaria immitis, que são transmitidos por mosquitos infectados. 

Os vermífugos podem ajudar a prevenir a infestação por vermes do coração e proteger os cães contra essa doença potencialmente fatal.

3. Ancilostomíase

Causada por ancilostomídeos, como o Ancilostoma caninum, essa infestação parasitária pode causar:

• anemia
• fraqueza
• perda de peso
• diarreia sanguinolenta

4. Toxocaríase 

Infestações por Toxocara spp., como Toxocara canis e Toxocara cati, podem ocorrer em cães e gatos, especialmente em filhotes. 

Esses vermes podem causar problemas intestinais e, em casos graves, migrar para outros órgãos, como pulmões e fígado.

5. Dipilidiose

Causada pelo parasita Dipylidium caninum, a dipilidiose é uma infestação por tênia comum em cães e gatos. Podem surgir os sintomas associados:

• coceira anal
• irritabilidade 
• perda de peso

6. Estrongiloidíase

Causada pelo Strongyloides stercoralis, essa é uma infestação intestinal que pode afetar cães e gatos. Os sintomas podem incluir diarréia, perda de peso e fraqueza.

7. Tricuríase

Causada por vermes do gênero Trichuris, essa infestação pode resultar em:

• diarreia
• vômitos
• perda de apetite
• anemia

8. Filariose

Além da dirofilariose, outros tipos de filariose podem afetar cães e gatos. Vermífugos específicos podem ser necessários para prevenir infestações por diferentes espécies de vermes do coração, dependendo da região e das condições ambientais.

9. Cisticercose

Essa é uma infecção causada pela ingestão de ovos de Taenia solium, o parasita responsável pela teníase em humanos. Embora os cães raramente apresentam sintomas (o que é ainda mais perigoso!), eles podem atuar como hospedeiros intermediários, transmitindo a doença aos seres humanos. 

10. Sarna sarcóptica

Embora não seja uma infestação por vermes, a sarna sarcóptica é uma doença de pele altamente contagiosa causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei. A prevenção da sarna inclui a administração de produtos que também têm atividade contra parasitas internos, como alguns tipos de spot-ons.

Consequências das verminoses na saúde dos pets

Vamos entender o que cada sintoma pode causar na saúde dos nossos bichinhos. Listamos os sintomas principais e explicamos a consequência um a um.

1. Problemas gastrointestinais

Os vermes intestinais podem causar uma série de problemas gastrintestinais, incluindo diarreia, vômitos, dor abdominal, flatulência e perda de apetite. Isso pode levar à desidratação, desnutrição e perda de peso nos pets afetados.

2. Anemia

Alguns vermes parasitas se alimentam do sangue do animal, o que pode levar à anemia. A anemia pode causar fraqueza, letargia, palidez das mucosas, falta de apetite e, em casos graves, até colapso e morte.

3. Retardo no crescimento e desenvolvimento

Infestações parasitárias crônicas podem interferir no crescimento e desenvolvimento adequado dos pets, especialmente em filhotes. Isso pode resultar em retardo no crescimento físico e cognitivo, afetando negativamente sua saúde e qualidade de vida.

4. Complicações sistêmicas

Em casos graves, infestações parasitárias podem levar a complicações sistêmicas, afetando outros órgãos e sistemas do corpo. Por exemplo, vermes do coração podem causar danos ao sistema cardiovascular, enquanto vermes migratórios podem afetar os pulmões, fígado, cérebro e outros órgãos.

5. Imunossupressão

Infestações parasitárias crônicas podem comprometer o sistema imunológico do animal, tornando-o mais suscetível a infecções bacterianas, virais e fúngicas. Isso pode resultar em doenças frequentes e prolongadas, além de dificultar a recuperação de outras condições de saúde.

6. Desconforto e coceira

Alguns parasitas, como pulgas e ácaros, podem causar coceira intensa e desconforto na pele do animal, resultando em lesões, feridas e infecções secundárias.

Todos os sintomas podem afetar negativamente o bem-estar e a qualidade de vida do pet e da sua família, por isso a melhor estratégia é sempre a prevenção!

Esse guia teve como objetivo conscientizar e ajudar a entender como um simples ato de cuidado por prevenir complicações futuras tanto para o seu animalzinho quanto para a saúde de todos na família.

Se esse conteúdo foi útil, envie para alguém importante que precisa saber sobre a vermifugação dos pets. E não deixe de agendar uma consulta com o Dr. Abílio, clique aqui.